Chevrolet Blazer: história, versões e presença no mercado de usados

Conheça a trajetória da Blazer no Brasil: versões, motorização, evolução e pontos de atenção na hora de comprar um SUV usado.

Equipe Seu Carro Usado

9/29/20255 min read

Chevrolet Blazer prata dos anos 2000 estacionada em área urbana, vista de frente e lateral.
Chevrolet Blazer prata dos anos 2000 estacionada em área urbana, vista de frente e lateral.

Introdução

A Chevrolet Blazer é um dos SUVs que marcaram época no Brasil. Ele trouxe ao mercado nacional a proposta de robustez, capacidade e presença de “carro grande”, mas sem entrar nos extremos dos utilitários pesados. Hoje, muitos ainda procuram por uma Blazer usada — seja pela nostalgia, pelo custo menor em relação aos SUVs modernos ou pela praticidade em regiões com estradas difíceis.

Mas nem todas as Blazer são iguais, e há muitos detalhes que podem fazer a diferença no valor e na experiência de uso. Neste guia aprofundado você vai descobrir tudo: da chegada à sua linha final, as versões mais interessantes, o que pesa no usado e onde “atira” o comprador experiente.

A Blazer no Brasil: chegada e posicionamento

  • A Blazer passou a ser oferecida no Brasil em meados de 1995, com montagem nacional em São José dos Campos (SP).

  • Ela era baseada no chassi e drivetrain da picape S10, compartilhando muitos componentes estruturais.

  • A proposta era oferecer um SUV robusto para uso urbano e rural, combinando força, presença e capacidade para enfrentar trechos fora de estrada ou rodovias com qualidade.

  • No seu lançamento, já vinha com opções de motor de alto desempenho, e conforme a linha foi evoluindo, ganhou versões mais equilibradas para atender público mais amplo.

Evolução de versões e motorização

Primeiras versões e motores iniciais

  • Em seu lançamento no Brasil, uma das opções de motor era o Vortec 4.3 V6, com cerca de 180 cv.

  • Também havia versões com motor Família 2 (2.2), de aproximadamente 106 cv, visando um perfil mais econômico.

  • Ainda nos primeiros anos foi oferecida a opção diesel: 2.5 Maxion turbo, com cerca de 95 cv.

Atualizações marcantes

  • No início dos anos 2000, o motor diesel passou a ser o 2.8 MWM, com intercooler, entregando cerca de 132 cv na versão turbo.

  • A versão a gasolina “de entrada” evoluiu de 2.2 para 2.4, entregando algo em torno de 124 cv, e mais tarde com versões mais potentes.

  • O motor V6 também foi aprimorado: passou de 180 cv para cerca de 192 cv em melhorias posteriores.

  • Na fase final da linha, já ao redor de 2008–2011, a Blazer manteve motores como o 2.4 Flex (no mercado de uso urbano) e reduziu as opções diesel e V6 conforme a procura se alterava.

Facelift “Pitbull”

  • Um dos momentos mais emblemáticos da Blazer foi o facelift no final dos anos 2000, com a dianteira “Pitbull” (com faróis mais agressivos e grade maior) que ficou bastante lembrada.

  • Mesmo após mudanças estéticas, a Chevrolet manteve a mesma mecânica das versões anteriores, apenas com upgrades internos e ajustes.

Especificações técnicas e características marcantes

Aqui vão algumas características relevantes que ajudam a entender o comportamento e o que exigir de um usado:

Pontos fortes e por que ainda se busca uma Blazer usada

  1. Força e presença — poucas SUVs da época conseguiam combinar imponência e robustez com tanta naturalidade.

  2. Capacidade em off-road leve — versões 4×4 ou bem equipadas suportam estradas ruins, trechos de terra ou sítios.

  3. Robustez mecânica — muitos componentes compartilhados com a S10 tornam manutenção mais acessível.

  4. Demanda no mercado de usados — ainda existem muitos modelos em circulação, com bom volume de anúncios e alternativas de peças.

  5. Versão diesel valorizada — modelos com motor 2.8 Turbo Diesel se destacam entre compradores exigentes.

Principais riscos e o que avaliar em uma Blazer usada

  • Histórico do motor — motores diesel, V6 ou versões avançadas exigem cuidado especial com manutenção de lubrificação, turbo, cabeçote e vedação.

  • Estrutura e corrosão — veículos mais velhos podem ter pontos de oxidação, especialmente em chassi, longarinas e parte inferior.

  • Suspensão e direção — desgaste nos braços, buchas ou folgas são comuns, resultado do uso pesado.

  • Custo de peças específicas — embora muitas peças de S10 sirvam, itens de acabamento, elétrica e alguns componentes da Blazer podem ser mais raros.

  • Consumo e custo operacional — gasolina, V6 ou versões mais potentes tendem a ter consumo muito elevado; diesel oferece vantagem, mas exige manutenção mais rigorosa.

  • Seguro e documentação — carros antigos ou modificados podem gerar seguro caro ou dificuldades com legalização de adaptações.

A Blazer moderna (Blazer EV e nova geração)

  • O nome Blazer ressurge como SUV crossover “moderno” em 2018, com estilo diferente da versão clássica.

  • Há também a versão Blazer EV, totalmente elétrica, lançada mais recentemente para mercados norte-americanos com versões de tração dianteira, traseira ou integral.

  • Essa nova geração já não compartilha a mesma proposta de robustez de chassi + carroceria da Blazer antiga, mas busca um público que valoriza visual, tecnologia e desempenho elétrico.

Blazer usada: como calcular valor real

Para acertar no uso e revenda de uma Blazer usada, o ideal é combinar “valor histórico + estado real + custos operacionais”. Aqui vai como você pode fazer:

  1. Consulte ano, versão, motorização (gasolina, diesel ou V6).

  2. Avalie estado da estrutura, motor, suspensão e partes elétricas.

  3. Liste as peças que precisariam ser trocadas ou restauradas.

  4. Use a Calculadora de Avaliação de Carros Usados para simular o valor, incluindo custo de reparos estimados.

  5. Compare com anúncios reais do mercado para ver a coerência do preço pedido.

Leitura complementar

FAQ

1. Qual o melhor motor da Blazer para comprar usada?
As versões diesel (2.8 Turbo) e o V6 são os mais desejados, mas exigem mais cuidado. Para uso urbano, a versão a gasolina (2.4) pode ser mais confortável.

2. Até que ano a Blazer foi produzida no Brasil?
A produção nacional foi interrompida em 2011.

3. Vale trocar para diesel ou turbo numa Blazer usada?
Só se o veículo já vier assim de fábrica e com histórico comprovado — adaptar pode custar caro.

4. A Blazer antiga segura valor de colecionador?
Em versões em estado original e bem conservadas, sim, especialmente modelos raros ou facelifts especiais.

5. Qual o consumo médio da Blazer usada?
Depende muito da versão: gasolina e V6 são mais “beberrões”; diesel pode oferecer melhor equilíbrio.

6. O que observar em uma Blazer usada antes de comprar?
Motor (compressão, vazamentos), estrutura (ferrugem, alinhamento), suspensão e histórico de manutenção.

Interior da Chevrolet Blazer dos anos 2000, com volante, painel de instrumentos, rádio e bancos em t
Interior da Chevrolet Blazer dos anos 2000, com volante, painel de instrumentos, rádio e bancos em t