Como trocar de carro financiado: regras, custos e passo a passo definitivo
Trocar de carro financiado em 2025 é possível. Descubra regras, custos e estratégias para evitar prejuízo e negociar com mais segurança.
Equipe Seu Carro Usado
9/5/20253 min read


Introdução
Trocar de carro financiado é um desejo comum — afinal, o modelo pode não atender mais às suas necessidades ou o custo pode estar pesando no bolso. A boa notícia é que sim, dá para trocar mesmo com parcelas em aberto. A má notícia: se não entender bem as regras, você pode sair no prejuízo.
Neste guia, vamos detalhar:
- Os 5 caminhos possíveis para trocar um carro financiado. 
- Os custos e riscos mais comuns. 
- Como escolher o melhor momento para negociar. 
- Um checklist prático antes da troca. 
👉 Antes de qualquer passo, rode uma simulação no Simulador de Financiamento para saber exatamente quanto cabe no seu bolso.
Os 5 caminhos para trocar um carro financiado
1) Quitar e vender (ou trocar)
- Como funciona: você pede ao banco o saldo devedor atualizado, quita a dívida e libera o gravame no documento. 
- Exemplo prático: saldo devedor = R$ 18 mil. Carro vale R$ 25 mil. Se você quitar e vender por R$ 25 mil, sobram R$ 7 mil líquidos para usar como entrada em outro veículo. 
- Pontos de atenção: pode haver custo de cartório, IOF residual e prazo de até 10 dias para baixa do gravame. 
- Dica: compare a quitação com o valor de mercado — use a FIPE apenas como base, mas veja o preço real de venda (anúncios, OLX, Webmotors etc.). 
2) Transferir o financiamento (assunção de dívida)
- Como funciona: o comprador assume a dívida vigente com autorização do banco. 
- Exemplo prático: saldo devedor = R$ 40 mil. Carro avaliado em R$ 42 mil. O comprador assume as parcelas e paga R$ 2 mil extras a você. 
- Risco: até o banco aprovar, a responsabilidade é sua. Se o comprador atrasar, você pode ser acionado. 
- Vale a pena quando: o valor de mercado está próximo do saldo devedor e você não tem condições de quitar. 
3) “Troca com troco” (entrada + novo financiamento)
- Como funciona: a loja avalia seu carro, quita a dívida e usa a diferença como entrada em outro veículo. 
- Exemplo: saldo devedor = R$ 45 mil. Carro avaliado em R$ 55 mil. Loja quita a dívida e abate R$ 10 mil como entrada no carro novo. 
- Vantagem: praticidade, já sai da loja com outro veículo. 
- Desvantagem: a avaliação costuma ser 10% a 20% menor que a venda particular. 
4) Recompra pela concessionária ou loja
- Como funciona: algumas lojas já têm convênios com bancos para assumir financiamentos. 
- Vantagem: menos burocracia, processo rápido. 
- Desvantagem: valor abaixo do mercado, pouca margem de negociação. 
- Ideal para: quem não quer lidar com anúncios, compradores e documentação. 
5) Refinanciamento (ou troca de dívida)
- Como funciona: você faz um novo contrato, usando o carro como garantia. Pode alongar prazo ou reduzir parcelas. 
- Exemplo: saldo devedor de R$ 30 mil em 24 parcelas de R$ 1.800 → novo contrato em 48x de R$ 950. 
- Cuidado: a parcela cai, mas o custo total aumenta. 
- Quando faz sentido: apenas se for para ajustar fluxo de caixa e evitar inadimplência. 
Custos e riscos mais comuns
- Multa por quitação antecipada: na maioria dos contratos já está embutida no saldo devedor, mas confirme. 
- Deságio na avaliação: lojas podem pagar bem abaixo do valor de mercado. 
- Documentação extra: cartório + Detran = cerca de R$ 600 a R$ 1.200 dependendo do estado. 
- Seguro do novo carro: pode subir bastante, especialmente em veículos mais novos ou de categoria diferente. 
- Endividamento dobrado: se você não quitar o financiamento anterior corretamente, pode acabar com duas dívidas ativas. 
Checklist rápido antes de trocar
- Solicite o saldo devedor atualizado ao banco. 
- Consulte a Tabela FIPE e anúncios reais de venda. 
- Compare os 5 caminhos e escolha o mais viável. 
- Calcule o custo total da troca (transferência + seguro + IPVA). 
- Simule parcelas do novo contrato antes de assinar. 
- Verifique multas, IPVA e possíveis restrições. 
FAQ sobre troca de carro financiado
1. Posso trocar um carro financiado por outro mais caro?
Sim, desde que o valor do carro atual seja usado como entrada e o banco aprove o novo financiamento.
2. É possível trocar por outro carro sem pagar nada de entrada?
Sim, mas apenas se a avaliação do carro cobrir integralmente o saldo devedor. Nesse caso, você recomeça um novo contrato do zero.
3. O banco pode negar a transferência do financiamento?
Pode. O comprador precisa passar na análise de crédito. Se for reprovado, o contrato segue em seu nome.
4. Vale mais a pena vender particular ou negociar na loja?
Na maioria das vezes, vender particular dá mais retorno. Mas exige tempo e cuidado com a burocracia.
5. Posso ser processado se o comprador atrasar as parcelas?
Se o financiamento ainda estiver no seu nome, sim. Por isso, nunca entregue o carro sem contrato aprovado pelo banco.
Leitura complementar no blog
- Transferência de financiamento de veículo: como fazer corretamente e evitar riscos 
- Financiamento de carros usados: vantagens, cuidados e dicas essenciais 
- Verdade seja dita: por que tanta gente se arrepende de financiar um usado 
- Como saber o valor justo de um carro usado: vá além da Tabela FIPE 


