Peugeot 208: o compacto que simboliza a nova fase da Peugeot
Sob a Stellantis, o 208 mostra a evolução da Peugeot: menos problemas, mais tecnologia e design marcante. Saiba se vale a pena.
Equipe Seu Carro Usado
10/31/20256 min read


Introdução
Durante muito tempo, a Peugeot viveu uma relação de amor e desconfiança com os brasileiros. Modelos como o 206 e o 307 marcaram época pelo design ousado e prazer ao dirigir, mas também pela fama de manutenção cara, falhas elétricas e dificuldade de revenda.
Essa imagem começou a mudar quando a marca passou a integrar o grupo Stellantis, ao lado de Fiat, Jeep e Citroën. Com novas plataformas, motores mais modernos e melhor suporte técnico, os carros da Peugeot passaram a ser mais confiáveis e competitivos.
Entre eles, o Peugeot 208 é o modelo que melhor traduz essa nova fase: um hatch compacto com visual europeu, ótimo consumo, acabamento refinado e tecnologias que o colocam acima de muitos concorrentes diretos.
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Design e identidade europeia
O Peugeot 208 é uma prova de que design e personalidade ainda importam. Desde o primeiro olhar, o modelo chama atenção pelo visual marcante, especialmente nas versões mais recentes, com os faróis afilados e as luzes diurnas em LED no formato dos “dentes de leão” — hoje um símbolo da nova identidade da marca.
O perfil lateral exibe linhas suaves e equilibradas, com proporções que reforçam a sensação de robustez. Atrás, as lanternas em LED unidas por uma faixa escurecida criam o mesmo efeito visual usado em modelos mais caros da Peugeot, como o 3008.
Por dentro, o destaque é o painel i-Cockpit, conceito que a marca introduziu para aumentar a sensação de controle e esportividade. O volante menor, a posição elevada do painel e a central multimídia inclinada para o motorista formam um ambiente moderno e ergonômico.
As versões Griffe e Allure podem incluir teto solar panorâmico, bancos em couro, iluminação ambiente e acabamento de nível quase premium.
Mesmo nas versões mais simples, o 208 transmite um padrão de montagem superior ao de hatches compactos populares.
Evolução mecânica e desempenho
Desde que chegou ao Brasil em 2013, o Peugeot 208 recebeu diferentes conjuntos mecânicos — e cada um deles tem seu público.
1.5 8V Flex (2013–2015) – Motor simples e confiável, com desempenho modesto, mas manutenção barata.
1.6 16V Flex (2013–2020) – Opção mais equilibrada; entrega bom torque em baixas rotações e casa bem com o câmbio automático de seis marchas da Aisin, muito mais eficiente que as antigas caixas AL4.
1.2 PureTech Flex (a partir de 2021) – Motor três cilindros leve, econômico e silencioso. Bate recordes de consumo: até 15 km/l na cidade e 18 km/l na estrada.
1.6 THP Turbo (versões GT anteriores) – Raro de encontrar, mas oferece desempenho esportivo (173 cv) com manutenção mais exigente.
A grande evolução veio com o câmbio automático Aisin: trocas suaves, bom aproveitamento do torque e durabilidade comprovada. Os ruídos e trancos típicos das transmissões antigas ficaram no passado.
Resumo rápido:
Direção elétrica leve e precisa.
Suspensão macia, ideal para uso urbano.
Excelente economia com motor 1.2.
Câmbio Aisin confiável e confortável.
Em poucas palavras: o 208 pode não ser o mais potente da categoria, mas é um dos mais agradáveis e econômicos de dirigir.
Tecnologia e segurança
O 208 também foi o modelo que consolidou o novo padrão tecnológico da Peugeot no Brasil.
Mesmo nas versões intermediárias, o hatch oferece:
Painel digital 3D, que cria sensação de profundidade;
Central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay;
Controle de tração e estabilidade;
Assistente de partida em rampa;
Ar digital e automático, com saídas bem posicionadas;
Sensores de ré e câmera traseira.
Nas versões topo, há ainda o teto panorâmico fixo, que traz luz natural ao interior e passa sensação de amplitude incomum em compactos.
A estrutura é rígida e segura: o 208 obteve bons resultados em testes de impacto da Latin NCAP, especialmente nas versões com airbags laterais e de cortina.
Em resumo: o pacote tecnológico e de segurança do 208 supera o de rivais como Onix LTZ e Yaris XS, e empata com versões intermediárias de Polo e Argo.
Manutenção e confiabilidade
A antiga fama de manutenção cara começa a ficar no retrovisor. Sob a Stellantis, a Peugeot unificou processos de revisão e logística de peças — hoje, itens comuns como pastilhas, filtros e velas têm preços competitivos.
O 208 1.2, por exemplo, tem revisões periódicas em torno de R$ 700 a R$ 900, e o 1.6 automático raramente ultrapassa R$ 1.100 em revisões básicas.
A disponibilidade de componentes aumentou, e muitos donos relatam boa durabilidade do conjunto mecânico após 40–60 mil km.
Cuidados recomendados:
Verificar drenagem do teto panorâmico (limpeza preventiva evita infiltrações).
Observar alinhamento da suspensão dianteira — ponto sensível em ruas esburacadas.
Manter o câmbio com troca regular de fluido (a cada 50 mil km, preferencialmente).
Hoje, o 208 é considerado um dos Peugeot mais tranquilos de manter — e, em oficinas especializadas, o custo médio é similar ao de um Onix ou HB20.
Versões e o que vale mais a pena
Active / Active Pack: versões básicas, ideais para quem prioriza economia.
Allure: equilíbrio perfeito entre preço, conforto e equipamentos.
Griffe: topo de linha, com câmbio automático, painel 3D e teto panorâmico.
GT Line / GT: raras e esportivas, com visual diferenciado e ótimo pacote.
Para quem busca custo-benefício, a versão Allure 1.6 automática é a mais recomendada: câmbio confiável, desempenho consistente e boa liquidez na revenda.
Em contrapartida, as versões 1.2 PureTech manuais são imbatíveis em consumo e indicadas para uso urbano intenso ou aplicativos.
Mercado de usados e valorização
O 208 é um carro que ainda carrega certa resistência no mercado de usados, fruto do passado da marca. Porém, essa percepção está mudando rapidamente.
Nos últimos dois anos, o modelo teve valorização média de 12 %, acima da média dos hatches compactos — impulsionado pelo visual moderno e pela fama de carro econômico.
Entre as versões, as automáticas têm revenda mais fácil. Os modelos com teto panorâmico e painel 3D costumam chamar mais atenção nos anúncios, o que pode gerar negociação mais rápida e valor final superior.
Em sites de venda, é comum encontrar unidades 1.6 Griffe 2020 na faixa de R$ 75 mil a R$ 85 mil, com manutenção em dia e baixa quilometragem.
Perfil de comprador: geralmente quem busca design, conforto e economia em um carro urbano com aparência premium.
O Peugeot 208 no dia a dia
Além dos números, o 208 entrega prazer de condução — algo raro nessa faixa de preço. A posição de dirigir elevada, a direção leve e o interior silencioso criam um ambiente agradável.
O isolamento acústico é eficiente, e o ar-condicionado tem desempenho elogiável mesmo em dias quentes.
A suspensão absorve bem as irregularidades, e o câmbio automático trabalha com suavidade.
É um carro que agrada tanto quem busca conforto quanto quem valoriza estética e tecnologia — sem abrir mão de consumo e manutenção equilibrados.
Conclusão
O Peugeot 208 simboliza a maturidade da nova Peugeot no Brasil.
Ele não é o mais barato, mas oferece um conjunto difícil de bater: design moderno, interior sofisticado, tecnologia de ponta e baixo consumo.
Com a gestão Stellantis, a marca finalmente equilibrou estilo e confiabilidade — e o 208 é prova disso.
💡 Em poucas palavras: o 208 é um hatch compacto que entrega experiência de carro premium por preço de popular.
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FAQ (Perguntas Frequentes)
1. O Peugeot 208 ainda dá manutenção cara?
Não. Desde a integração com a Stellantis, o 208 tem revisões tabeladas e melhor suporte técnico.
2. Qual versão do 208 é mais indicada?
A 1.6 Allure automática é o melhor equilíbrio entre conforto, consumo e valor de revenda.
3. O 208 é econômico?
Sim. O 1.2 PureTech é um dos motores mais eficientes do mercado, com médias acima de 15 km/l.
4. O 208 tem defeitos crônicos?
Os modelos mais recentes não apresentam falhas estruturais recorrentes; problemas antigos ficaram restritos a gerações passadas.
5. O teto solar do 208 dá problema?
Em geral, não. Com limpeza e manutenção preventiva da vedação, é um dos diferenciais do modelo.


