Renault Sandero: guia completo de versões, desempenho, manutenção e dicas de compra

Saiba tudo sobre o Renault Sandero: versões (incluindo Stepway e RS), consumo, manutenção e o que observar antes de comprar um usado.

Equipe Seu Carro Usado

10/9/20256 min read

Renault Sandero Stepway cinza estacionado em área urbana moderna com prédios ao fundo.
Renault Sandero Stepway cinza estacionado em área urbana moderna com prédios ao fundo.

Introdução

O Renault Sandero é um dos hatches compactos mais conhecidos do Brasil. Lançado com a proposta de unir robustez, espaço interno e custo de manutenção acessível, o modelo ganhou popularidade tanto entre famílias quanto motoristas de aplicativo e frotistas.

Com o passar dos anos, o Sandero passou por diversas atualizações, ganhou versões como o Stepway (de apelo aventureiro) e até o RS, uma raridade esportiva com motor 2.0. No mercado de usados, ele é um dos carros mais negociados — e um dos que mais geram dúvida na hora de escolher o ano e versão ideais.

Antes de entrar em detalhes, vale um passo essencial: descubra quanto o seu carro realmente vale hoje na Calculadora de Avaliação de Carros Usados. Ela mostra o valor atualizado segundo a Tabela FIPE, aplica descontos automáticos por peças, quilometragem e estado, e entrega um relatório completo de avaliação — ideal antes de comprar ou vender um Sandero.

História e evolução do Sandero no Brasil

O Sandero foi lançado no Brasil em 2007, resultado da parceria entre Renault e Dacia (marca romena do grupo). Ele nasceu como uma derivação do Logan, compartilhando plataforma, mecânica e foco em baixo custo de produção.

O projeto agradou quem buscava um carro espaçoso, robusto e simples de manter. Com o tempo, ele evoluiu sem perder essa essência, mas passou a oferecer versões mais equipadas e de melhor acabamento.

Primeira geração (2007–2013)

  • Design simples e interior espartano, mas com ótimo espaço interno.

  • Motores 1.0 16V e 1.6 8V flex, com manutenção barata e confiável.

  • Surgimento do Sandero Stepway, com suspensão elevada e visual aventureiro.

  • Transmissão sempre manual.

Segunda geração (2014–2019)

  • Mudança visual significativa, com interior mais moderno.

  • Motores 1.0 12V, 1.6 8V e 1.6 16V.

  • Opção de câmbio automatizado Easy’R (pouco confiável e já descontinuado).

  • Introdução do Sandero RS 2.0, versão esportiva desenvolvida pela Renault Sport.

Terceira fase (2020 em diante)

  • Reestilização, novo logotipo e motor 1.0 SCE com bom desempenho urbano.

  • Câmbio CVT nas versões 1.6 automáticas, mais confortável e confiável.

  • Foco em versões Zen, Intense e Stepway com acabamento mais refinado.

Desempenho e consumo real

Um dos grandes diferenciais do Sandero é oferecer opções de motorização que atendem diferentes perfis.

Sandero 1.0

Ideal para uso urbano, com bom equilíbrio entre consumo e custo de manutenção.
Médias aproximadas:

  • Etanol: 8,5–9,5 km/l (cidade) / 10,5–11,5 km/l (estrada)

  • Gasolina: 12–13 km/l (cidade) / 14,5–15,5 km/l (estrada)

O desempenho é justo: 82 cv (etanol) e torque na casa dos 10,5 kgfm. O foco é economia e baixa manutenção.

Sandero 1.6

Mais procurado por quem viaja ou roda com o carro cheio.

  • Etanol: 7,5–8,5 km/l (cidade) / 9–10,5 km/l (estrada)

  • Gasolina: 10,5–11,5 km/l (cidade) / 13–14 km/l (estrada)

O motor 1.6 8V tem comportamento linear, enquanto o 16V entrega mais potência em alta. É uma escolha interessante para quem usa o carro em estrada ou transporte de passageiros.

Sandero RS 2.0

Versão rara, com foco esportivo, suspensão firme e câmbio manual de 6 marchas.

  • Potência: 150 cv

  • Consumo: 8 km/l (etanol, cidade) / 10–11 km/l (estrada)


    É o único hatch compacto nacional realmente esportivo da época, com acerto digno de pista.

Dirigibilidade e conforto

Mesmo sem ser sofisticado, o Sandero é reconhecido pelo bom espaço interno — tanto na frente quanto no banco traseiro. O porta-malas de 320 litros é um dos maiores da categoria, e o acerto de suspensão privilegia o conforto em pisos irregulares.

Nas versões Stepway, a altura do solo aumentada (até 20 cm) ajuda a encarar valetas e lombadas sem medo. Já o RS tem suspensão mais firme, voltada ao desempenho.

A direção hidráulica (nas versões mais antigas) evoluiu para elétrica nas gerações recentes, tornando o volante leve em manobras e mais firme em alta velocidade.

Manutenção: o ponto forte do Sandero

O Sandero é um dos carros mais econômicos de manter no Brasil, principalmente porque compartilha mecânica com o Logan e tem ampla rede de peças paralelas e originais.

Mesmo assim, alguns detalhes merecem atenção:

  • Correia dentada: troque a cada 60 mil km nas versões 1.6 8V e 1.0 16V.

  • Câmbio Easy’R: evite se possível. O sistema automatizado é conhecido por trancos e alto custo de reparo.

  • Suspensão dianteira: costuma pedir buchas e amortecedores por volta de 60–80 mil km, dependendo do uso urbano.

  • Freios: pastilhas e discos com manutenção barata e fácil acesso em qualquer oficina.

  • Velas e cabos: troque conforme o manual. Versões 1.0 12V e 1.6 8V são sensíveis a falhas por cabos antigos.

  • Arrefecimento: radiador e bomba d’água devem ser vistoriados a cada 40 mil km.

Uma vantagem importante é que o Sandero aceita bem manutenção fora da rede autorizada, desde que as peças sigam especificação original.

Se quiser saber quanto custam as peças do seu Sandero hoje, a Calculadora de Avaliação de Carros Usados já faz isso automaticamente — basta inserir o modelo e os componentes que precisam de troca. Ela retorna links reais de marketplaces e o impacto desses custos no valor final do carro.

Desvalorização e valor de revenda

O Sandero mantém uma desvalorização média de 7% ao ano, o que é bom para um hatch popular. Versões com câmbio manual e motor 1.6 tendem a ter melhor aceitação no mercado de usados, especialmente nas cores prata, preta e branca.

As versões Stepway e RS possuem públicos específicos: a primeira atrai motoristas urbanos, enquanto a segunda é muito procurada por entusiastas.

Modelos entre 2015 e 2019 costumam representar o melhor custo-benefício, combinando preço acessível, design atualizado e menos propensos a problemas elétricos.

Vantagens e desvantagens resumidas

Vantagens

  • Amplo espaço interno e bom porta-malas

  • Peças baratas e fáceis de encontrar

  • Manutenção simples e confiável

  • Consumo equilibrado nas versões 1.0

  • Visual aventureiro do Stepway agrada a quem quer estilo

Desvantagens

  • Acabamento simples em várias versões

  • Câmbio Easy’R com histórico de falhas

  • Direção hidráulica pesada em modelos antigos

  • Itens de conforto limitados (principalmente até 2014)

Como avaliar um Sandero usado antes da compra

  1. Verifique o histórico de manutenção — prefira carros com notas fiscais ou registros em oficina.

  2. Observe sinais de uso intenso — pedais, volante e bancos desgastados indicam quilometragem maior que a registrada.

  3. Teste o arrefecimento — o Sandero é resistente, mas não tolera superaquecimento.

  4. Cheque suspensão e amortecedores — batidas secas indicam desgaste.

  5. Faça o test drive — observe trancos no câmbio, ruídos internos e vibrações.

  6. Simule o valor de compra real — use a Calculadora de Avaliação para saber o valor justo considerando estado, peças e quilometragem.

Conclusão

O Renault Sandero é um carro racional, espaçoso e fácil de manter — qualidades que explicam sua popularidade no mercado de usados.
Para quem busca economia sem abrir mão de conforto básico, é uma das opções mais equilibradas da categoria.

A dica é simples: fuja de versões com o câmbio Easy’R e priorize modelos manuais 1.6 ou 1.0 SCE, que entregam o melhor equilíbrio entre durabilidade, consumo e custo-benefício.

Antes de fechar o negócio, consulte a Calculadora de Avaliação de Carros Usados — ela mostra o valor atualizado do Sandero, estima o custo das peças principais e ajuda a negociar com base em dados reais.

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FAQ

1. O Renault Sandero é um bom carro usado?
Sim. É espaçoso, tem mecânica simples e manutenção barata. O ideal é priorizar versões manuais com revisões em dia.

2. Quais versões do Sandero valem mais a pena?
As versões Expression 1.6 (2015–2018) e Zen 1.0 SCE (2019–2021) oferecem o melhor equilíbrio entre consumo, conforto e custo de manutenção.

3. O Sandero Stepway consome muito mais?
Pouco. A diferença é de cerca de 0,5 km/l, compensada pelo conforto em pisos ruins e pela suspensão mais alta.

4. O câmbio automatizado Easy’R é confiável?
Não. É conhecido por trancos e falhas de atuador. Prefira as versões CVT (a partir de 2020), mais suaves e duráveis.

5. Quanto custa manter um Sandero por ano?
Considerando revisões básicas, filtros e freios, o custo gira entre R$ 800 e R$ 1.200 anuais, dependendo da quilometragem e uso.

6. O Sandero RS é bom de revenda?
Sim — é um carro de nicho, com demanda estável entre entusiastas. Manutenção é mais cara, mas o prazer ao dirigir compensa.

Interior de um Renault Sandero moderno com painel, volante e central multimídia iluminados naturalme
Interior de um Renault Sandero moderno com painel, volante e central multimídia iluminados naturalme