Mitsubishi Eclipse Cross usado: guia completo para acertar na compra
Guia completo do Mitsubishi Eclipse Cross usado. Veja melhores anos, consumo, câmbio CVT, pontos fortes e problemas a evitar.
Equipe Seu Carro Usado
9/8/20254 min read


Introdução
O Mitsubishi Eclipse Cross foi lançado no Brasil em 2018, marcando a entrada da marca japonesa em um dos segmentos mais competitivos do mercado: os SUVs médios. A proposta era clara: oferecer um carro com design arrojado, motor turbo eficiente e lista de equipamentos generosa, competindo diretamente com Jeep Compass, Toyota Corolla Cross, Honda HR-V e até o CR-V.
Com preços de 0 km que ultrapassam os R$ 180 mil em 2025, muitos compradores se voltam para o mercado de usados e seminovos em busca de um Eclipse Cross mais acessível. Mas será que vale a pena investir nesse SUV? Quais anos são os mais confiáveis? Como anda o consumo, a manutenção e a desvalorização?
Este guia completo responde a essas perguntas com análises detalhadas, custos reais e pontos fortes e fracos, para você tomar a melhor decisão na hora de comprar.
Histórico do Eclipse Cross no Brasil
2018: Chegada ao mercado, sempre com motor 1.5 turbo a gasolina de 165 cv e câmbio automático CVT.
2019–2020: Consolidação do modelo, trazendo pacotes recheados e versões com tração integral (AWD).
2021: Linha ganha leves atualizações de equipamentos e conectividade.
2022: Reestilização visual, com frente mais sóbria e multimídia redesenhada, corrigindo críticas das primeiras versões.
2023–2025: Modelo se mantém no portfólio da Mitsubishi, mas sempre com participação modesta em vendas frente aos líderes da categoria.
Motorização e desempenho
Motor 1.5 Turbo MIVEC
Potência: 165 cv a 5.500 rpm.
Torque: 25,5 kgfm já a 1.800 rpm.
Ponto positivo: entrega rápida de torque, garantindo agilidade no dia a dia e ultrapassagens seguras na estrada.
Ponto de atenção: consumo não é dos mais baixos, especialmente na cidade.
Câmbio CVT
Simula 8 marchas, permitindo trocas manuais pelas aletas no volante.
Conforto ao rodar é bom, mas a dirigibilidade pode parecer menos esportiva que a de rivais com câmbio automático tradicional.
Manutenção: exige troca de fluido a cada 40 mil km. Ignorar esse item pode causar falhas graves e reparos caros (até R$ 15 mil em oficinas especializadas).
Consumo de combustível
Cidade: 7 a 8 km/l.
Estrada: 11 a 12 km/l.
AWD: consumo até 10% maior por conta da tração integral.
📌 Comparativo rápido:
Jeep Compass 1.3 T270: média de 6,5 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada.
Toyota Corolla Cross 2.0: média de 8,5 km/l cidade e 12 km/l estrada.
Honda HR-V 1.5 Turbo: chega a 9,5 km/l cidade e 13 km/l estrada.
Ou seja: o Eclipse Cross não é o campeão de economia, mas também não assusta tanto quanto alguns concorrentes.
Custos de manutenção
Manter um Eclipse Cross usado não é proibitivo, mas é preciso preparar o bolso:
Revisões em concessionária: em média R$ 1.200 a R$ 1.800 por revisão básica.
Peças comuns:
Pastilhas de freio: R$ 700 a R$ 900.
Amortecedores: R$ 1.600 (o jogo dianteiro).
Correia dentada: cerca de R$ 1.200 com mão de obra.
Seguro: entre R$ 4.000 e R$ 6.000 por ano, dependendo do perfil.
Comparado a um Compass, o custo de peças tende a ser mais alto, já que o Mitsubishi é importado. A vantagem é que o carro apresenta baixo índice de falhas recorrentes quando bem cuidado.
Itens de conforto e tecnologia
Mesmo em versões intermediárias, o Eclipse Cross entrega uma lista de equipamentos respeitável:
Central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay.
Ar-condicionado digital de duas zonas.
Bancos em couro.
Faróis full LED.
Teto panorâmico em algumas versões.
Piloto automático adaptativo, alerta de colisão e frenagem automática em versões mais completas.
📌 Comparado a rivais: em equipamentos, o Eclipse Cross sempre ofereceu mais que o Compass nas versões equivalentes, embora ficasse atrás do Corolla Cross em confiabilidade percebida.
Desvalorização e liquidez
Desvalorização média: entre 9% e 11% ao ano.
Isso é mais do que o Corolla Cross e HR-V, mas similar ao Compass.
Para quem compra usado, essa queda de preço pode ser uma vantagem: é possível encontrar unidades 2019 entre R$ 95 mil e R$ 110 mil em bom estado (contra R$ 165 mil de um novo).
Liquidez: a revenda pode ser mais lenta, já que a Mitsubishi tem rede menor de concessionárias e menor reconhecimento frente a Toyota e Jeep.
Problemas mais relatados
Câmbio CVT: desgaste precoce em unidades que não receberam as trocas de óleo corretamente.
Suspensão: barulhos após 60 mil km, comuns em SUVs médios.
Peças: custo e tempo de espera maiores, já que é importado.
Mercado: revenda mais lenta, exigindo paciência.
Melhores anos e versões para comprar
2019–2020: preços mais baixos, já fora do pico de desvalorização, sem grandes problemas crônicos.
2022 em diante: facelift deixou o design mais moderno e a multimídia mais prática. São as versões mais recomendadas se o orçamento permitir.
Versões AWD: ótimas para quem precisa de tração integral, mas encarecem seguro e consumo.
Vale a pena comprar um Mitsubishi Eclipse Cross usado?
Se você busca um SUV médio bem equipado, diferente dos mais comuns e com desempenho sólido, o Eclipse Cross usado pode ser um ótimo negócio.
Ele não é o campeão em consumo ou revenda rápida, mas entrega:
Tecnologia avançada.
Segurança de série.
Conforto e espaço interno adequados para a família.
📌 A compra só vale a pena se o histórico de manutenção for confiável, com revisões comprovadas. Caso contrário, os custos de câmbio ou peças podem transformar a economia inicial em dor de cabeça.
Leitura complementar
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FAQ – Perguntas frequentes
1. O câmbio CVT do Eclipse Cross é problemático?
Não é problemático por si só, mas exige manutenção correta. Se as trocas de fluido foram negligenciadas, pode trazer reparos caros.
2. O consumo do Eclipse Cross é alto?
Fica na média do segmento: 7 a 8 km/l na cidade e até 12 km/l na estrada.
3. O seguro é caro?
É um pouco acima da média, mas similar ao de rivais importados.
4. Qual a maior vantagem do Eclipse Cross usado?
O pacote de equipamentos e a boa relação custo-benefício no mercado de usados.
5. Qual a maior desvantagem?
A revenda mais lenta e o custo de peças importadas.
6. Quais anos são mais indicados para compra?
2019–2020 para quem busca preço acessível e 2022 em diante para quem quer design atualizado e multimídia melhor.

