Golpe do falso depósito na venda de carro: como se proteger 100% antes de entregar o veículo
Evite cair no golpe do falso depósito ao vender seu carro. Veja como identificar a fraude, quais sinais observar e o que fazer para garantir segurança na negociação.
Equipe Seu Carro Usado
7/3/20254 min read


Vender um carro usado pode parecer simples, mas envolve riscos — e um dos mais perigosos é o golpe do falso depósito. Com aparência de negociação legítima, golpistas convencem o vendedor a entregar o carro antes da confirmação real do pagamento. O resultado? Prejuízo grande e poucas chances de reverter.
Neste post, você vai aprender como o golpe funciona, quais sinais observar e quais cuidados adotar para garantir uma venda segura, sem sustos.
Como funciona o golpe do falso depósito?
O golpista entra em contato se passando por um comprador interessado. Ele se mostra educado, bem informado, e demonstra urgência para fechar o negócio. Às vezes, até pressiona para resolver tudo rápido, dizendo que está viajando ou precisa do carro para trabalho.
Quando o vendedor aceita, o criminoso envia um comprovante falso de transferência bancária — geralmente via WhatsApp ou e-mail. O vendedor, acreditando que o dinheiro já está a caminho, acaba entregando o carro ou assina o recibo de venda antes da compensação real.
O problema é que o dinheiro nunca cai na conta. O suposto depósito pode ser agendado, cancelado ou até inexistente — e quando a vítima percebe, já é tarde.
Os sinais mais comuns do golpe
Apesar de parecer convincente, o golpe do falso depósito quase sempre apresenta alguns sinais claros. Fique atento se o comprador:
Quer resolver tudo com pressa e evitar encontros presenciais;
Diz que fará o pagamento por TED, PIX ou transferência de outro banco, mas não envia o extrato oficial da transação;
Encaminha um “comprovante” fora do padrão do banco (com erros de layout ou sem código de autenticação);
Tenta pegar o carro com guincho, despachante ou motorista particular;
Diz que “o dinheiro vai cair até o fim do dia” ou “já agendou para amanhã cedo”.
Lembre-se: comprovante de agendamento não é dinheiro na conta. Só há pagamento quando o valor está confirmado e disponível.
Como se proteger na prática
1. Nunca entregue o carro antes de ver o dinheiro na conta
Essa é a regra de ouro. Não importa quão convincente seja o comprador — só libere o veículo depois que o valor estiver creditado e visível na sua conta. Não aceite prints de transferência agendada, TED em horário fora do expediente bancário ou promessas.
Se o pagamento for por boleto, TED agendada ou cheque, espere compensar. Para PIX, verifique diretamente no app do banco se o valor caiu — nunca confie apenas no comprovante enviado.
2. Prefira negociação em horário bancário
Evite fechar a venda em domingos, feriados ou fora do expediente bancário. Isso impede a verificação imediata do pagamento.
Se possível, faça a negociação dentro da agência, onde ambos podem confirmar o valor na conta no ato, com o gerente ou caixa presente.
3. Exija identificação completa do comprador
Antes de marcar encontro ou aceitar qualquer proposta, peça:
Nome completo;
CPF ou CNPJ;
CNH ou RG com foto atual;
Endereço e telefone.
Pesquise os dados e veja se a pessoa é real. Golpistas usam perfis falsos, números de terceiros e até identidades roubadas.
4. Use contrato de compra e venda com cláusula de pagamento confirmado
Um contrato simples, mas bem redigido, ajuda a proteger legalmente o vendedor. Inclua cláusulas como:
O carro só será entregue após confirmação total do pagamento;
O valor só é considerado quitado quando estiver disponível em conta;
O comprador assume responsabilidade pela retirada do veículo após a quitação.
O contrato não impede o golpe, mas ajuda na contestação judicial, se necessário.
Dica extra: cuidado com recibo assinado antecipadamente
Jamais assine e entregue o CRV (Certificado de Registro do Veículo) antes do pagamento cair. Mesmo que o comprador diga que precisa para agilizar cartório ou vistoria, isso deixa o vendedor vulnerável.
Se o carro for entregue com o recibo em branco ou assinado sem segurança jurídica, o comprador pode revendê-lo rapidamente — e o prejuízo se torna praticamente irreversível.
E se o golpe acontecer?
Se você cair no golpe (ou desconfiar de uma tentativa), siga estes passos imediatamente:
Registre um boletim de ocorrência na delegacia ou pela internet;
Comunique o Detran e informe que o carro foi entregue sob fraude;
Informe ao banco para tentar bloquear a conta destino (se tiver número);
Consulte um advogado para avaliar a chance de recuperação judicial ou bloqueio do bem.
Quanto mais rápido agir, maior a chance de rastrear o veículo ou os envolvidos. Em alguns casos, o carro ainda está na cidade ou região, o que permite ações urgentes da polícia.
Use a calculadora de avaliação e proteja seu negócio
Além de se proteger contra golpes, é fundamental saber o valor real de mercado do seu carro antes de anunciar. Isso evita cair em armadilhas de compradores oportunistas que usam o medo ou a pressa para tentar reduzir o preço.
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Ela pode ser o seu melhor aliado contra propostas desonestas.
Resumo rápido – Como evitar o golpe do falso depósito
✅ Nunca entregue o carro sem ver o valor na conta;
✅ Evite negociações fora do horário bancário;
✅ Desconfie de pressa, comprovantes suspeitos ou intermediários;
✅ Peça documentos e confira a identidade do comprador;
✅ Faça um contrato com cláusulas claras;
✅ Nunca assine o recibo antes do pagamento integral.
Vender um carro com segurança depende de atenção e firmeza. Quem força urgência, pressiona por confiança cega ou oferece dinheiro fácil geralmente tem algo a esconder. Negocie com tranquilidade e sempre com confirmação bancária — seu carro e seu dinheiro agradecem.
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